Por qual motivo não consigo perder peso? Como isso pode afetar nossas crianças?

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Por qual motivo não consigo perder peso? Como isso pode afetar nossas crianças?

Hoje ouvi um podcast muito interesse da nutri Ana Perdigão, e quero trazer aqui para vocês refletirem um pouco sobre tema, e complementar o assunto com a influência que este comportamento exerce em nossas crianças.

Sabe o que te impede de emagrecer? De passar a vida lutando contra a balança?

A mentalidade que diz: “sem sofrimento, sem ganhos.”

A nossa mente é muito perspicaz. Quando a gente se convence de que a perda de peso ocorrerá somente com muito sacrifício, o nosso inconsciente guarda esta mensagem.

Deste modo, nossa mente é programada para odiar o processo da perda de peso. Assim, o indivíduo sente muita dificuldade associada a este processo. É como se o cérebro mandasse o seguinte recado para todo o nosso organismo: “Se o emagrecimento causa dor, eu não quero magrecer. Eu vou continuar no peso em que estou”.

Isso é instinto de defesa – é fisiológico. Isso prova que você é normal e que seu organismo trabalha bem.
Enquanto o processo de emagrecimento estiver associado a algo ruim, ele dificilmente vai ocorrer de forma efetiva. Se ocorrer, você adoecerá ainda mais sua mente, seu corpo e seu comportamento alimentar. Isso se não ganhar mais peso em seguida, fato muito comum.

Vamos nos colocar para refletir sobre o assunto?

Quantas vezes você emagreceu e engordou?

Quantas vezes você fez desafios do tipo “1 ano sem comer açúcar de jeito nenhum” e depois teve episódios frequentes de compulsão por doces?

Já não passou da hora de abrir o coração e procurar a ajuda certa?

Agora, vou fazer um alerta, especialmente para você que tem uma criança/adolescente que está acima do peso na sua casa.

A mentalidade de dieta, de restrição e de sofrimento associada ao emagrecer na população pediátrica é ainda mais maléfica.

Se a criança não desenvolver um transtorno alimentar de restrição (como anorexia nervosa, por exemplo), ela muito provavelmente vai desenvolver um transtorno alimentar de compulsão.

Quer um exemplo clássico?

Sabe aquela criança acima do peso que vive beliscando entre as refeições?

Você já observou o quanto a família briga com ela quando ela come “fora de hora”? Você já reparou o quanto este momento é humilhante para ela?

Agora analise o comportamento posterior dela… Se ela continua comendo, provavelmente vai comer ainda mais do que planejava e com certeza se sentirá culpada.

Talvez ela utilize um método de purgação para compensar a “comilança”, como indução do vômito, utilização de laxantes ou atividade física em excesso.

Fato que além de prejudicar muito a saúde, representa um outro transtorno alimentar, a bulimia nervosa. Tão grave quanto qualquer outro.

Ou, talvez ela fique tão triste, que só sinta-se feliz comendo mais e de novo, e de novo, fazendo deste, um ciclo vicioso, engordando cada vez mais.

Por outro lado, se ela para de comer e se retrai, provavelmente, daqui um tempo (talvez até 1 ano), você vai implorar para vê-la comendo de novo. Ainda ressalto, a anorexia nervosa é a doença que mais mata mulheres no mundo.

Tenho certeza que, independente do peso do(a) seu(a) filho(a), você quer vê-lo feliz e saudável, não é mesmo?

Então, mais uma vez, coloco vocês para refletir…

Será que já não passou da hora de modificar suas crenças em volta do peso, alimentação e corpo? Será que isso não está afetando negativamente sua família, seus filhos?

A vida é muito linda para nos preocuparmos tanto com o tamanho de nossos corpos. A alimentação é sim algo muito relevante e que merece atenção… Mas, sinceramente? Não merece todo esse protagonismo. Somos mais complexos, mais reais… Aproveite.

Se por aí comer já virou um comportamento transtornado, não deixe de procurar ajuda antes que seja tarde demais.

Um abraço!

Parceiro

Izabella Tesoto é Nutricionista infantil e tem convênio com o CCC, para ter descontos e benefícios acesse clicando nesta imagem