Fotografia de parto, sim ou não? Você fotografou seu parto? O nascimento dos teus filhos?
Eu poderia responder essa pergunta de infinitas formas, com floreios, com declarações, mas vou começar pela minha singela experiência pessoal de mãe de duas e amante da fotografia mesmo.
Giulia era um neném todo sério de 50cm que chegou sem avisar, pois meu parto foi considerado de risco, e eu não tinha uma carta na manga, eu a esperava para fevereiro e ela nasceu três dias depois do ano novo.
Era apenas uma consulta como outra qualquer e ela chegou. Nem o pai pode entrar na sala, nem minha sanidade entrou, ficou lá fora junto com tudo que eu havia planejado para este momento, e eles fizeram o que deveria ser feito, e a mãe de coadjuvante neste cenário assistiu tudo de mãos atadas, literalmente.
E por mais que eu diga que jamais vou me esquecer do primeiro olhar, do nosso primeiro encontro, sempre vai existir esse vazio, esse espaço em branco nos álbuns da minha menina.
Teve sim sua chegada registrada. Claro! Uma das primeiras coisas que eu perguntei no curso de gestante do hospital que ela nasceu, logo no início do terceiro trimestre; e me senti tão aliviada.
Não era um plano de parto, mas eles disseram que havia uma equipe preparada para este momento, e olha, não questionei não, mas hoje penso e entendo que nesta fase ficamos tão suscetíveis, tão vulneráveis que somos engolidas por nove meses que passam rápido demais pra preparar tudo que a gente sonha para nossos pequenos nos mínimos detalhes, que quando alguém fala: deixa comigo – eu deixo mesmo, deixei. E assim foi!
Mas quanto mais controlamos a vida, mais temos certeza de que não temos o controle de nada. Ela nasceu e foi direito pra Neo Natal, pequena pra idade gestacional, 1.960kg e 40cm, APGar 9 e 10, três dias na encubadora pra ganhar peso, e uma mãe em choque.
A gente não espera, a gente nunca espera. Exames todos perfeitos, nada de anormal, e um susto na mesa da cesárea. Fiquei com ela pouco mais de um minuto, e só, depois só consegui chegar perto dela doze horas depois do nascimento.
Eu estava em choque mesmo. E mesmo que eu tente descrever os sentimentos, meio enevoados, daquele dia, jamais conseguirei, e nem quero relembrar, só de pensar já sinto as fisgadas no meu coração.
Toda a família esperando pra registrar um primeiro encontro, tudo preparado, lembrancinhas, visitas, sonhos, e de repente me vi num quarto sozinha sem meu bebê. A única coisa que pensei naquele momento:
Mas cá entre nós, nem de longe são as fotos mais lindas que já vi, o momento sim, mas penso hoje; como eu queria ter uma fotógrafa comigo naquele dia, um fotógrafo que eu tivesse escolhido pra este momento, e não alguém imposto pelo hospital.
Nem se compara né? É isso! E olha que essa não foi minha única experiência decepcionante no mundo dos registros fotográficos não, o aniversário de um aninho também foi um fiasco, e o casamento então? Nem conto pra vocês, rs Outra hora, quem sabe…
Agora me respondam, o casal que vai dar a luz é obrigado a contratar uma empresa que é “credenciada” pelo hospital e qualquer outro fotógrafo que não esteja na lista (normalmente só há uma empresa credenciada) fica impedido de fazer o registro? Andei lendo sobre o assunto AQUI.
Pensem sobre isso!
E dá uma espiadinha no portfólio da Kadrizi, ela faz fotos incríveis, não apenas de parto.
Kadrizi Clepaldi
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Instagram @kadrizi.fotografia / Facebook @kadrizi.fotografia – Campinas – SP
Com amor, Naty
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