Meningite B e ACWY? O que é isso? Nunca ouvi falar, Maria tem 7 anos e o pediatra nunca comentou. Até que a filha de uma amiga foi diagnosticada com a doença, e corremos atrás de toda informação possível sobre elas.
Nós, Natália Piassentini e Juliana Franco, somos duas mães que vivem a experiência e compartilham, na íntegra, suas vivências e relatos pessoais, pois acreditamos que informação e motivação mudam as pessoas e o mundo.
E sobre este assunto, com a palavra, a Dra. Paolla L. M. Alberton:
Meningite é o nome dado ao processo inflamatório que atinge as membranas que envolvem o sistema nervoso. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, parasitas e é considerada uma doença grave, devido ao risco elevado de morte e de sequelas.
Podendo ser confundidos com os de outras doenças menos graves:
As meningites virais são as mais comuns, sendo geralmente menos graves (embora alguns vírus possam causar sequelas graves e levar ao óbito), com tratamento de suporte, repouso e muito líquido. Melhoram no período de 5 a 10 dias. As bacterianas necessitam de tratamento com antibiótico que deve ser iniciado o mais rápido possível, devido à velocidade da progressão dos sintomas.
Dentre as bacterianas, os principais agentes causadores (preveníveis por vacinas) são:
* Haemophilus influenzae tipo b: presente na vacina PENTAVALENTE (SUS) ou HEXAVALENTE (rede privada). Depois da introdução da vacina na rede pública, houve redução de mais de 50% dos casos entre 1998 a 2000.
Embora a identificação ainda não seja a regra no país, as taxas de infecção pelos 3 principais agentes são maiores entre os 3 e 12 meses de vida, mantendo elevada incidência até os 2 anos. Em crianças acima de 5 anos, o meningococo e o pneumococo passam a ter maior importância clínica.
Desde 2010, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) passou a incluir no calendário as vacinas conjugadas contra o meningococo sorogrupo C e a vacina conjugada pneumocócica 10-valente, com redução significativa do número de casos e de óbitos. Porém, a vacina do PNI não cobre os demais sorogrupos.
Na rede privada, estão disponíveis a vacina quadrivalente ACWY e a contra o sorogrupo B, nas seguintes marcas e esquemas vacinais:
* Menveo (GSK): liberada a partir dos 2 meses de vida, em esquema 3 + 1 (3 doses com intervalo de 2 meses + 1 reforço após o primeiro aniversário).
* Nimenrix (Pfizer): liberada a partir das 6 semanas de vida, em esquema 2 + 1 (2 doses com intervalo de 2 meses + 1 reforço após o primeiro aniversário).
* Menactra (Sanofi): liberada a partir dos 9 meses de vida, em esquema de 2 doses com intervalo de 3 meses, sem reforço.
* Bexsero (GSK): liberada a partir dos 2 meses de vida, em esquemas:
* 3 + 1 (se a primeira dose for dada antes dos 6 meses de vida);
* 2 + 1 (se a primeira dose for dada entre os 6 e os 12 meses de vida);
* 2 sem reforço (se a primeira dose for dada após 1 ano de idade)
Em relaçao ao pneumococo, na rede privada está disponível a vacina Prevenar 13 (Pfizer), que protege contra os 10 sorotipos presentes da vacina VCP-10 do SUS, acrescida dos sorotipos 3, 6A e 19A. Seu esquema vacinal começa aos 2 meses de idade, em esquema 3 + 1.
No ano passado (2017) foram registrados 6052 casos de meningite no estado de SP, sendo 3254 em menores de 10 anos de idade. Destes casos, 72 foram sorogrupados, sendo 67% B, 22% C, 7% Y e 0,4% W135. A distribuição é diferente de acordo com o estado de notificação.
Pois 10% dos adolescentes e adultos jovens carregam o meningococo na mucosa nasal de maneira assintomática (estado de portador são). Por isso, a partir de 2017, o PNI passou a incluir a vacina contra o meningococo C para os adolescentes de 12 anos, em dose única. Na rede privada, recomenda-se um reforço da vacina ACWY aos 5 e aos 11 anos de idade. Não há recomendação de reforço da vacina contra o meningococo B.
Também é importante observar os cuidados básicos de higiene pessoal, uma vez que tanto o pneumococo quanto o meningococo são transmitidos por gotículas:
Na nossa condição de mãe, corremos atrás de uma clinica para vacinar as nossas filhas, porém, nos atentamos a alguns detalhes e devemos prestar atenção se o local possuí:
E encontramos a Vacinas Taquaral, com a Juliana que é super atenciosa, mãe de três e ela mesma que aplica as vacinas nas crianças, inclusive nos filhos.
Todo cuidado é pouco! E preocupação de mãe, nunca é demais.
Clínica de Vacinas Taquaral. Rua Desembargador Campos Maia, 15A. Taquaral. Campinas/SP – Telefone: 19 3722 1613. E-mail: contato@vacinastaquaral.com.br. www.vacinastaquaral.com.br
Foto Cacá Dominiquini – @cacadominiquinifoto – 19 9 9839 5555
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Fontes:
1. Campos Júnior, D., Burnz, D.A.R. Tratado de Pediatria, 3a edição, página 1515, Editora Manole, 2014.
2. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná [http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2825], acessado em 08/09/2018.
3. TABNET DATASUS, Casos confirmados por Sorogrupo segundo Faixa Etária [http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninsp.def], acessado em 08/09/2018.
4. Bula da vacina Menveo [http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=21766932016&pIdAnexo=3808962] acessada em 08/09/2018.
5. Bula da vacina Nimenrix [https://www.pfizer.com.br/sites/g/files/g10044511/f/product_attachments/Nimenrix_PS.pdf], acessada em 08/09/2018
6. Bula da vacina Menactra [http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=6362612018&pIdAnexo=10653522] , acessada em 08/09/2018.
7. Bula da vacina Bexsero [http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=21773882016&pIdAnexo=3809341], acessada em 08/09/2018.
8. Bula da vacina Synflorix [http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=6445712015&pIdAnexo=2753241], acessada em 08/09/2018. 9. Bula da vacina Prevenar 13 [http://www.vacinar.com.br/site/bulas/Prevenar13-Wyeth.pdf], acessada em 08/09/2018.