Essa coluna compartilha a vida real da mãe da Joana que vos escreve, e nesse momento eu me coloco no lugar de vilã da saúde bucal da minha filha. Não se trata de uma história triste e nem com ponto final – já que encontrei solução a tempo, e principalmente aprendi. Uma mãe com acertos e erros. Uma mãe.
Joana acabou de voltar da sua segunda visita ao dentista. Na primeira tentativa, garanti que os dentinhos estivessem crescendo normalmente e me certifiquei que estava higienizando a boca da “bebéia”, na época com os primeiros, da maneira correta.
Em algum momento relaxei, mesmo com um mundo de informações, deixei as visitas periódicas ao odontopediatra de lado, acreditando na escovação que acontecia três, as vezes duas vezes ao dia.
O uso do fio dental esporadicamente também contribui com o aparecimento das benditas caries.
Sim a Joana está com três anos e tem duas caries.
Quando notei os pontinhos escuros nos dentes do fundo me apavorei. Mas até chegar nesse ponto, histórias pessoais de um trauma materno, e uma parcela de desleixo, deixaram isso acontecer.
Lembrando que essa é uma coluna que divide minhas impressões e sentimentos pessoais.
Experiências durante a minha infância e adolescência com certeza me fazem temer esse profissional, ou melhor, faziam.
A relação da “Tutu” (chamo a Joana dessa maneira) com terceiros não é boa, ela é resistente ao toque, seja de um pediatra ou de um cabelereiro, até a aproximação calorosa dos coleguinhas a incomoda, imaginava que no dentista seria um caos e um trauma desnecessário. Mas eu estava enganada.
A “preguicinha” materna também aconteceu algumas vezes, aquela enrolação para executar a escovação noturna, um bebê dormindo e a dó em acorda-la para mandar embora o açúcar do dia, alimento perfeito para os bichinhos da boca falante.
As famigeradas caries apareceram e não tinha mais nada que eu pudesse fazer, além de intensificar os cuidados e buscar um profissional. Respirei fundo, busquei referências com amigas e cheguei até a Dra. Camila Amoroso, com dez anos de experiência em odontologia. Intitulei essa profissional como “encantadora de pais”. Sim, por que, além da pequena paciente, nem um pouco assustada, ela também fez com que os pais apreensivos ficassem de boca aberta com a sua atuação.
Um processo que fez uma criança difícil, uma participante ativa nos cuidados dos próprios dentes.
A Joana se transformou em uma dentista dentro do consultório, cuidou da boca de um urso com dentes reais e depois foi atendida, participando do processo e vendo toda a ação. Uma interação mágica com a dentista, sem medo no olhar e considerando aquilo tudo uma grande diversão.
Esse processo começa em uma antessala com brinquedos, um ambiente lúdico onde preenchi o formulário enquanto ela brincava.
Nem a minha tensão, nem a tensão do pai coruja durante um bate-papo rápido, foram capazes de atrapalhar o protocolo de atendimento da encantadora de pais.
Durante essa conversa, perguntei sobre utilizar pasta de dentes de adulto para escovar os dentes da criança, totalmente positivada, já que desde a aparição dos primeiros dentinhos, produtos com flúor devem ser utilizados.
Como boa leitora que sou, perguntei sobre os riscos de fluorose, por causa da presença do ativo no creme dental. A resposta foi simples e direta, de acordo com normativos, não há riscos se o uso for adequado. Apenas em caso de excesso e ingestão direta essa possibilidade poderia acometer minha filha.
Depois das caries validadas, e um suspiro materno, desgostoso, porém aliviado por se tratar de ação superficial, perguntei para a Dra, se questões genéticas e relações físicas, como compartilhar copo e talheres, teriam contribuído, destacou-se um vilão: a SACAROSE.
O açúcar minha gente, esse é o vilão dos dentinhos das crianças, e não são apenas as guloseimas, mas sim os açucares ocultos em sucos e no “tetê” com achocolato antes de dormir sem escovação, as causas são um conjunto de ações.
Existe outro fato que fez com que eu passasse a usar fio dental na Joana todos os dias, o arco dentário dela é justinho, dificultando a eficiência da escova de dentes.
Com três anos a dentição deve estar completa, dez dentinhos na arcada superior e dez na inferior. A prevenção e visitas periódicas ao odontopediatra são as armas perfeitas no combate a caries, que na infância tem atuação avassaladora, já que os dentes não estão totalmente maduros.
O problema não é o medo da criança, mas sim os nossos próprios medos. Por questões pessoais eu assinei mais um dos muitos atestados de “fracasso” materno, aqueles acontecidos que nos deixam tristes e colocam em cheque a saúde ou segurança dos nossos filhos. Coisas da vida, totalmente humanas e reais. Mas é diante do erro, que os acertos acontecem, já que ele provoca aprendizado através de informação e mudança de habito.
Mais um drama materno registrado e superado.
Pode mandar o próximo capitulo que a mãe coruja está preparada, eu acho.
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