O segundo semestre do ano pode trazer com ele uma mudança para algumas famílias: a mudança da escola dos filhos.
É na escola que a criança vivência uma micro-sociedade, como se fosse oportunizado no micro-vivências da sociedade atual só que de uma forma protegida pela família e pelos profissionais que fazem parte da equipe escolar. – Luisa Cassaniga, orientadora pedagógica do Progresso Bilíngue Taquaral.
Compartilhamento de saberes com pares da mesma idade e de outras idades, frustrações, espera, escuta, argumentação, regras e ampliação cultural são fundamentais dentro da escola, lugar onde a criança passa a se responsabilizar pelas suas ações e conquistas.
As escolas que frequentamos, o nome da professora do 1º ano, os professores que marcaram pelo modo como explicavam algum conteúdo, os colegas da infância e da adolescência.
…são lembranças que traçam e constituem o sujeito na sua trajetória escolar.
Diante disso, a segurança e identidade da criança são construídas nesse contexto e reafirmadas na relação família e escola.
Essa segurança pode se desequilibrar diante de uma transferência escolar, por isso é importante estarmos atentos a postura enquanto pais.
“A família deve acreditar na escola, passar confiança para a criança e verbalizar que aquela escola foi a melhor escolha para ela.”
Com essa afirmação, a criança passa a enxergar a escola como um lugar seguro escolhido pelos pais.
É como se nos colocássemos no lugar deles diante de um emprego novo, uma nova turma de estudo.
Nós também apresentamos certos anseios que controlamos diante dessas situações.
Quando transferimos isso para a criança, entendemos que a administração e controle de emoções como o medo está em processo de desenvolvimento, por isso evidencia-se de forma mais intensa.
O que fazer então? Reconheça!
“ Eu sei que você está com medo, que está preocupado se vão brincar com você, mas TENTE ficar tranquilo e participar das atividades;
É fundamental que a criança sinta que os pais acreditam na escola.
É necessário cuidar também das expressões faciais, as vezes a criança chora um pouquinho para descer do carro e a mãe responde com lágrimas nos olhos “pode ir meu amor…”.
Vamos repensar, se até a mamãe está chorando, não deve ser bom.
Conte para seu filho histórias em que ele se identifique com a situação vivida, tendo principal objetivo a superação de determinada dificuldade.
Essas histórias podem ser sobre medo, sobre aceitação em grupo, sobre timidez; vindas de livros literários ou da história de vida dos próprios familiares.
“ Quando eu era pequeno eu também tinha medo…”
De todas essas dicas, a grande percepção seria observar as conquistas diárias da criança.
Nesse processo devemos manter comunicação ativa com a equipe da escola.